A ilha debaixo do mar
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A vida dá voltas que nunca imaginamos, e os planos acabam muitas vezes por sair um pouco ao lado.
Com a protagonista aprender a não desistir e a nunca esquecer as nossas origens, são elas a nossa identidade, a nossa força e porto seguro.
Reconhecer a nossa identidade deverá ser a nossa bandeira, a escalada que fazemos o nosso orgulho. E a nossa liberdade, a nossa maior meta.
De algum modo todos somos escravos, sem dono, mas com amarras que nos impedem de viver como queremos, limitados por correntes psicológicas, sociais, económicas que não nos deixam ser livres. Mas a liberdade não deve ser esquecida e devemos reconhecer o que nos prende "o nosso dono" e assinar a alforria.
Isabel Allende levamos mais uma vez ao passado histórico, mas com uma missão bastante actual, a de nos instigar para a luta da nossa liberdade, das nossas crenças, incutindo a democracia, igualdade, fraternidade. Mostrando que o trabalho honesto acabará por nos libertar e que o desonesto nos atormentará mais cedo ou mais tarde.
Consciência tranquila, coração fraterno e democrático, isso é de um homem verdadeiramente livre, e a autora consegue, uma vez mais, que o que poderá para uns ser um romance histórico, seja para outros uma lição de vida